CONSTRUINDO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
A Importância do planejamento para ações docentes
*Alice Leni Fiedoruk Quinzani
Resumo
Neste texto expomos algumas reflexões sobre a importância do educador realizar o planejamento e quais os fatores que o levam a exercer atividades docentes comprometidos com o ensino aprendizagem.
As práticas educativas planejadas individualmente em conjunto devem estar voltadas à realidade local e ter organização, compromisso com quem freqüenta a instituição escolar auxiliando na formação do cidadão crítico e formador de seu próprio conhecimento.
O objetivo deste texto é expor algumas reflexões da importância de planejar a ação do cotidiano do professor no processo de ensino pedagógico escolar. A presente reflexão está embasada em leituras realizadas, troca de experiência através de interação no ambiente virtual. Para que o professor exerça sua profissão na plenitude, é importante que o mesmo seja conhecedor e articulador do ensino a qual atua e o responsável do planejamento e avaliação a qual vai utilizar para alfabetizar e letrar.
O planejamento iniciou em empresas que queriam ter uma organização diferenciada da mesma e após passou a ser realizada em escolas inicialmente como reguladora das ações pedagógicas e atualmente é utilizado para organizar a ação educativa, permitindo refletir e questionar que tipo de cidadão se pretende formar. È um trabalho presente que prepara o futuro visando à transformação da sociedade.
O ato de planejar constitui-se da forma de que o professor vai direcionar a construção do conhecimento na classe que rege e isso exige em primeiro lugar uma rotina de estruturação do que se quer alcançar.
Todo planejamento inicia em um sonhar para realizar, pois construímos o nosso fazer através da realização do sonho, mas para que isso aconteça, precisamos exercitar a persistência, a reflexão, o estudo, o planejamento, a avaliação e o conteúdo do sujeito.
Planejamento é um instrumento direcional de todo o processo educacional, pois estabelece e determina as grandes urgências, indica as prioridades básicas, ordena e determina todos os recursos e meios necessários para a consecução de grandes finalidades, metas e objetivos da educação. (Menegolla &Sant Anna, 2001, p.40)
Celso Vasconcelos destaca que, ao elaborar o planejamento, todo professor deve ter em mente que ele inevitavelmente será (pouco ou muito) modificado, mesmo que tenha boas reflexões sobre os três aspectos fundamentais: finalidade, realidade e plano de ação.“ A aprendizagem só ocorre quando são oferecidas condições de estudo para o aluno, com atividades que promovam um avanço contínuo e estimulante”
É importante o educador criar uma rotina levando em consideração a organização a qual delimita tempo e espaço para desenvolver a sua prática educativa.
Criar em primeiro lugar a sua rotina de trabalho que inicia com o planejamento, sendo esse o momento que oportuniza o educador a refletir e planejar diferentes técnicas para potencializar a arte de ensinar e de se autogovernar.
Cada dia é necessário planejar um novo plano, por ser necessário fazer ajustes quando nos preocupamos com o aluno e suas potencialidades, por isso que se diz que o ato de planejar e avaliar é um processo que constroem o produto.
Entende-se que educador e educando se educam através de regras de organização, formando assim um compromisso de trabalho onde ambos têm responsabilidades. Exigências são necessárias por serem ferramentas básicas para efetivar o compromisso.
Por sermos seres sociáveis construímos o nosso modo de viver e nos adaptamos ou mudamos a sociedade a qual estamos inseridos, por isso é tão importante conhecer o entorno, o ritmo e a melhor maneira de realizar o ensino aprendizagem.
É importante que o educador perceba em qual ritmo deve atuar em determinados momentos, acelerando ou desacelerando com atividades diferenciadas para que o grupo forme o seu ritmo no período de quatro horas que frequenta o espaço escolar.
Esse planejamento com diferentes ritmos oportuniza ao educador ser o mediador das atividades apresentadas, é a ele que cabe reorganizar e reenergizar a tranqüilidade, a ansiedade, o medo, o prazer e o relaxamento e de estar disciplinado para reger a classe.
Já a avaliação nos permite perceber que conhecimentos foram construíram até aqui, rever quais estão sendo os resultados e o que há necessidade de ser revisto para alcançar os objetivos propostos para que o ato de ensinar e aprender seje prazeroso e não penoso para ambos. Sendo que a avaliação não deve ser arbitrária, é preciso estar atento aos critérios que serão utilizados para avaliar que devem ser diversificados e bem elaborados observando a filosofia da escola, do educador e momentos vividos pelo aluno em sala de aula.
Cipriano Luckesi distingue o ato de avaliar e verificar. Para o autor, “avaliar é uma ação relacionada à retomada de caminhos e reorganização do planejamento, ao contrário de verificar que consiste simplesmente em coletar informações” (Verificar não é avaliar, p.75)
Precisamos perceber que:
O planejamento não é nem exclusivamente um ato político-filosófico, nem exclusivamente um ato técnico; será sim, um ato ao mesmo tempo político-social, científico e técnico: político social, na medida está comprometido com as finalidades sociais e políticas; científico, na medida em que o planejamento exige uma definição de meios eficientes para se obter resultados” (LUKESI,1992, p.119).
O planejamento está inserido na profissão do professor cabe à ele exercitá-la. Está nas mãos do mesmo o árduo serviço de transformar, transmitir e receber saberes, proporcionar materiais para tornar educandos portadores de saberes de reflexão, críticos transformadores, para isso, faz-se necessário à programação de um bom planejamento. Planejamento maleável com certas condições que se fazem necessária. O que não pode é se prender em conteúdos, cartilhas seguindo-os à risca e fugir da realidade. É necessário ao professor que ama a sua missão, mesmo para o que estão de passagem, realizar sua profissão com sabedoria assim colherá bons frutos.
Planejar é um ato necessário para a construção da mudança de comportamento da realidade.
Bibliografia:
AFB, Moreira-2000-books. google.com.
FREIRE, Madalena (2008). Educador, educa a dor.Três excertos. São Paulo: Paz e Terra.
LUKESI, Cipriano C. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola Idéias, 8, São Paulo, FDE, 1991, p. 75-6.
LUKESI, Cipriano C. Planejamento e avaliação na escola: articulação e necessária determinação ideológica. Idéias, 15, São Paulo, FDE, 1992, p. 117-9.
MENEGOLLA & SANT’ ANNA, 2001, p. 40.
NUNES, Ronaldo. Da intenção à ação. Revista nova escola, janeiro/fevereiro, 2010, p. 72-4.
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*Estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia a distância ( CLPD), da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), turma Dois.
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