quinta-feira, 30 de junho de 2011

GESTÃO ESCOLAR


                                                                                    Cleci T. Eidt Castro[1]



   INTRODUÇÃO

O presente artigo visa apresentar algumas informações a respeito da Gestão Escolar, estudar as associações apoiadoras que são fundamentais para um bom andamento e sucesso desta forma de administrar o Ensino Público.
O processo de Gestão Escolar deve se alicerçar na participação democrática, com o compromisso de fornecer a compreensão da necessidade de substituir as ideologias, manipulações tão comuns nos tempos atuais, para trabalhar um saber crítico, que possibilite a lucidez necessária ao exercício da profissão de educador e facilitador na aquisição do saber.                                                                            
O que motivou o estudo deste tema é o envolvimento pessoal e educação, por trabalhar em uma escola, conviver com conflitos advindos de atitudes provenientes da Gestão Escolar, com a participação ou a falta dela, dos componentes desta forma de administração.

  GESTÃO EDUCACIONAL

Podemos explicitar o que é gestão da educação, no contexto atual, a partir de suas origens: gestão (do latim gestione) significa ato de gerir, gerência, administração (FERREIRA.1999,p. 985). Gestão é administração, é tomada de decisões, é organização, direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização  a atingir seus objetivos, cumprir sua função, desempenhar seu papel. Constitui-se de preceitos e práticas decorrentes que afirmam ou negam os principais que as geram.
Sabe-se que , da formação que a escola propicia e administra, dependerá a vida futura de todos os que a ela tiveram acesso. É sabido, também, que a escola está inserida na “Sociedade global” refletindo os impactos e exigindo novos conteúdos de formação, novas formas de organização e Gestão da Educação, ressignificando o valor da teoria e da prática da administração da Educação (FERREIRA, 2002).
Para tanto as idéias em relação ao tema necessitam ser firmadas, explicitadas, compreendidas e partilhadas na tomada de decisões sobre a formação de cidadãos, que estejam aptos a dirigir o mundo e as instituições. Devemos criar condições para que os seres humanos exerçam e defendam a liberdade, pois Bobbio nos alerta:

[..] não importa o tanto que o indivíduo seja livre em “ relação ao Estado” se depois não é “livre na  sociedade”[...]não importa o tanto que o indivíduo seja livre politicamente se não é socialmente. Por baixo da falta de liberdade como sujeição, existe uma falta de liberdade mais fundamental, mais radical e objetiva, a falta de liberdade como submissão ao aparato produtivo e ideológico, que conduz não só á mercantilização do trabalho e da vida humana, como de todas as ações realizadas pelos cidadãos.  .

Na escola parceira os Gestores, contam com um amplo leque de facilitadores do processo de gestão, eles são legalmente constituídos e funcionam na forma da lei. São eles: Conselho Escolar, Associação de Pais e Mestres, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe.

CONSELHO ESCOLAR
            O Conselho Escolar é o órgão máximo ao nível da escola e têm funções consultivas, deliberativa, mobilizadora e fiscalizadora com prévia consulta aos seus pares.
            Na escola parceira o Conselho Escolar é atuante e trabalha em conjunto com os gestores. Representantes deste órgão participam da elaboração do Plano Político Pedagógico, fiscalizam e aprovam a gestão-administrativa pedagógica e financeira da comunidade escolar.
Elaborar o plano administrativo conjuntamente com a direção da escola sobre a programação e aplicação dos recursos para a manutenção e a conservação da Escola; Criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática da comunidade escolar na definição do projeto político pedagógico da comunidade escolar;
Convocar assembleias gerais da comunidade escolar ou de seus segmentos;
Definir o calendário escolar, no que competir á unidade, observando a legislação vigente;
Fiscalizar a gestão administrativo-pedagógica e financeira da comunidade escolar;
Emitir parecer conclusivo na prestação de contas.
            Demonstrando assim a importância e a competência deste órgão dentro do educandário.

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES
            A Associação de Pais e Mestres tem por finalidade colaborar no aprimoramento do processo educacional, na assistência da escola e na integração família, escola e comunidade. Os objetivos são de natureza social e educativa. Todos os membros da comunidade podem participar na escola local.
           
 GRÊMIO ESTUDANTIL
            Na Escola o grêmio estudantil tem como objetivo unir os alunos em torno de um interesse comum, ou seja, ser intermediário entre os pleitos dos alunos e direção, ser facilitador do relacionamento entre gestores e educando.

CONSELHO DE CLASSE
            O Conselho de classe é uma atividade que se reúnem os professores da mesma série para chegar a um conhecimento mais aprofundado da turma ou individual para avaliar os alunos através das reuniões de classe.


CONCLUSÃO

Ao concluirmos esta caminhada onde buscamos conhecer de perto o cotidiano de uma Escola, podemos afirmar que somente com a participação efetiva e comprometida dos sujeitos que a compõem.
Temos liberdade de planejar e definir os rumos que queremos dar para a nossa ação no âmbito da escola e fazer desta ímpar ou não.
Concluímos que cabe a cada sujeito da Comunidade Escolar ocupar o espaço que lhe é assegurado por Lei e participar da tomada de decisões, contribuindo para a democratização da gestão escolar e promovendo a sua própria qualificação.
É responsabilidade das instituições de ensino garantir o acesso e a permanência de aluno na escola, criando para tanto mecanismos que colaboram para isto.
Enfim, é  indispensável que os educadores tenham uma postura democrática, dialógica, crítica, reflexiva, cooperativa e solidária e que buscam constantemente sua qualificação.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  
BOBBIO, N. Igualdad y liberdad. Barcelona: Paidós-ICE de la Universidad Autônoma de Barcelona, 1993.

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da Língua Portuguesa. 3 .ed.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

Gestão  democrática da educação: ressignificando conceitos e possibilidades. In: FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

 


[1] Acadêmica do Curso de Licenciatura de Pedagogia a Distancia – Polo de Cerro Largo - RS

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